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Bairros urbanos – Centro Comunitário S. José

CENTRO COMUNITÁRIO S. JOSÉ

Uma estrutura particular de trabalho num bairro urbano – o Bairro da Rosa.
Uma estrutura próxima das minorias étnicas urbanas.


PÚBLICO-ALVO


inicialmente: Minorias étnicas, sobretudo etnia cigana. 210 famílias realojadas em 1996 no Bairo da Rosa. Muitas situações de desemprego ou emprego precário, doença ou invalidez, monoparentalidade, toxicodependência, etc. Muitas situações de “rendimento mínimo garantido” .
Atualmente: todos os residentes.


OBJETIVOS


Implementar e desenvolver um trabalho integrado e multidimensional que permita às famílias económica e socialmente desfavorecidas uma melhor inserção social; Aprofundar o conhecimento das características e problemáticas da população-alvo; Promover a participação da população no desenvolvimento do projecto; Integrar a população a realojar e promover a integração de grupos na comunidade; Promover o desenvolvimento pessoal e a auto-estima dos habitantes da zona; Desenvolver redes de parceria e rentabilizar os recursos existentes; Promover o acesso à formação profissional e ao mercado normal de trabalho; Implantar estruturas de respostas adequadas às características e necessidades, quer da população a realojar, quer dos actuais residentes na zona.


Trabalho em desenvolvimento:
* Atendimento de acção social e de Rendimento Social de Inserção, para os Bairros da Rosa e do Ingote.
* Centro de Recursos para o Emprego.
* Acompanhamento social de famílias.
* Centro de Actividades Juvenis, para jovens dos 12 aos 20 anos, com actividades diárias e colónias de férias.
* Ateliers de arraiolos
* Animação comunitária e Educação social.



HISTORIAL

O trabalho da Cáritas nestes bairros começa de forma mais sistemática em 1990, com o Trabalho de Promoção Comunitária, no Ingote. Cria-se depois, neste Bairro, o Centro Social S. Pedro, com valências de A.T.L., e progressivamente de Centro de Dia e Apoio Domiciliário para idosos e de Creche. Com a construção do Bairro da Rosa, em 1996, destinado a realojar 210 famílias provenientes de habitação degradada, dispersa pelo concelho de Coimbra, previu-se um aumento das situações problemáticas nesta zona da cidade. Um estudo da população a realojar, começa por mostrar famílias constituídas por 6 a 8 pessoas, sendo o rendimento do agregado familiar inferior ao salário mínimo nacional e com uma taxa de desemprego a rondar os 50%.

Evidencia-se: A construção de um bairro de habitação social {210 fogos) destinado a realojar população residente em barracas no concelho de Coimbra, paredes meias com o Bairro do Ingote (400 fogos), também este de habitação social; A proximidade geográfica do Bairro da Relvinha, cujo estado denota profunda degradação; A especial incidência da população residente nesta zona nas acções de atendimento/acolhimento do Serviço Sub-Regional de Coimbra, apresentando pedidos de apoio económico devido a situações de desemprego, emprego precário, monoparentalidade, doença/invalidez, toxicodependência e reclusão; A inexistência na zona de estruturas adequadas às características e necessidades da população – população jovem, com elevado número de crianças, de escassos recursos económicos, elevado índice de desemprego, baixa escolaridade e sem qualificação profissional.


Partindo deste prognóstico, já em Setembro de 1995, tendo como parceiros o Centro Regional de Segurança Social do Centro e a Câmara Municipal de Coimbra, a Cáritas Diocesana de Coimbra candidatou-se à Medida 1 do SubPrograma INTEGRAR – Integração Económica e Social dos Grupos Mais Desfavorecidos – PROJECTO ESPAÇO PARA VIVER, apresentando como área geográfica de actuação a zona urbana da freguesia de Eiras, que abrange os bairros da Rosa, Ingote, Brinca, Relvinha e Loreto. Das acções desenvolvidas, desde Novembro de 1995, salientam-se:

. Estudo/investigação que permitiu aprofundar o conhecimento da população-alvo
. Divulgação do projecto a vários níveis, especificamente junto da população, líderes locais, empresas, autarquias e serviços
. Dinamização de associações e/ou organizações da população
. Animação sócio-cultural, recreativa e desportiva, potenciadora do estabelecimento de relações de vizinhança e inter-ajuda, desenvolvimento pessoal e auto-estima da população
. Informação/formação de modo a permitir o despiste de vocação profissional e a aquisição de competências, facilitando a inserção no mercado de trabalho ou a frequência de acções de formação profissional,
. Prevenção do abandono escolar precoce, do insucesso escolar, da toxicodependência e marginalidade juvenil Apoio a indivíduos para a criação do próprio emprego ou a grupos para a instalação de pequenas empresas Atendimento integrado e serviço de apoio familiar.


Considerando-se imprescindível a existência de um espaço físico (Centro Comunitário) próprio para o desenvolvimento, promoção e formação das populações destes bairros periféricos e depois de um trabalho conjunto entre técnicos da Câmara Municipal de Coimbra, do Serviço SubRegional de Coimbra do C.R.S.S. do Centro e da Cáritas Diocesana de Coimbra, com o apoio da Medida 5 do Sub-Programa INTEGRAR, foi possível adaptar a subcave do Bloco IV do Bairro da Rosa, com uma área de 785m2, para este fim (sob o nome de Centro Comunitário de S. José), que viria a entrar em funcionamento em Abril de 1998.


À data da inauguração do Centro, funcionavam 3 projectos inseridos nas Medidas 1 e 2 do Sub-Programa INTEGRAR: o Projecto Comunitário “Espaço para Viver” e os cursos de Formação Profissional de Reparação de Equipamento Doméstico e Pintura Cerâmica, para desempregados e minorias étnicas, cada curso com 12 formandos num total de 2400 horas, integrando um estágio pré-profissional em empresas do sector. Ainda no âmbito da Medida 1 foi possível introduzir um número mais variado de actividades ocupacionais, nomeadamente ateliers de arraiolos, viola, dança de raiz cigana, ginástica infantil e de adultos e karaté. Refira-se igualmente a criação do Centro de Recursos para o Emprego, que apresenta como principais objectivos realizar o levantamento e encaminhamento de situações de desemprego e subemprego, despiste vocacional e desenvolvimento de competências sociais para o trabalho.


Em Julho de 1998, é aprovada a candidatura ao Projecto “Espaço para Viver Jovem” , no âmbito da Medida 4 do Sub-Programa INTEGRAR – que permite começar um trabalho com a população adolescente na comunidade, que passou pela criação de um espaço próprio – o Centro de Actividades Juvenis – C. A J, e desenvolver um atendimento específico para Jovens e suas Famílias. No ano de 1999, para além de continuarem os cursos acima mencionados, bem como o projecto específico para a população juvenil, foi realizado um curso de Formação Profissional de Costura e Confecção de Artigos para ao Lar, dirigido a jovens em risco e minorias étnicas, que incluiu 7 jovens de etnia cigana e 3 mães adolescentes. Foi também promovido um Curso de Cozinheiros no âmbito do Programa PESSOA – Formação Profissional para Desempregados, que contou com 12 formandos. Já no ano 2000 foi assinado com o Centro Regional de Segurança Social do Centro um acordo atípico de cooperação, relativo ao funcionamento do Centro Comunitário S. José, que permite a continuidade do trabalho acima apresentado.

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