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Discurso de Carlos Neves, funcionário

Reverendíssimo Senhor Bispo de Coimbra, D. Albino Mamede Cleto
Ex.mo Sr. Presidente da Cáritas Portuguesa, Dr. Eugénio Fonseca
Ex.mas Autoridades
Amigos
 
A Direcção da Cáritas Diocesana no último triénio, a que presidiu o Pe Aníbal Castelhano, termina agora o seu mandato, sucedendo-lhe uma Direcção presidida pelo Pe Luís Costa.
Nesta hora do render das responsabilidades num dos organismos mais exigentes da Igreja diocesana, há uma palavra que deve ser dada de gratidão e reconhecimento para com a Direcção que presidiu aos destinos da Cáritas no último triénio, sendo que o Pe Aníbal e o Eng. Carlos Rodrigues já tinham acompanhado o Pe António Sousa na Direcção anterior, o que alarga esta palavra de gratidão para os seis últimos anos.
 
Os três últimos anos não foram fáceis para a Cáritas, como, de resto, não terão sido fáceis para o comum das Instituições de Solidariedade Social. As alterações sucessivas no funcionamento de valências como o ATL ou o RSI, ou o fim do Acordo de Cooperação para a valência de “Família, comunidade e população activa”, entre outros exemplos, ilustram o espectro de permanente incerteza – às vezes quase de angústia – que marcaram estes últimos anos.
 
Destas dificuldades, todavia, emerge – e digo isto confirmado no testemunho de vários profissionais da Instituição – emerge, dizia, a preocupação central da Direcção presidida pelo Pe Aníbal Castelhano de salvaguardar todos os postos de trabalho dos funcionários da Cáritas. Emerge também um grande trabalho de reestruturação contínua das Direcções Técnicas de vários equipamentos, sobretudo nas áreas de Infância e Idosos. E emerge ainda, entre outras possíveis referências, o estilo próximo e coloquial de liderança do próprio Pe Aníbal. Por último, é devida também uma referência ao Dr. Carlos Moura que durante mais de ano e meio assessorou esta Direcção, com a sua experiência profissional e saber técnico.
 
Para além destes aspectos contextuais, a Cáritas, em si mesma, é reconhecidamente um dos organismos mais exigentes da Igreja diocesana, onde se cruza a eclesiologia com o mundo sociopolítico, a caridade com o profissionalismo, o voluntariado com o rigor técnico, a pobreza com o equilíbrio financeiro, os direitos profissionais com a fé. A grande diversidade de frentes de acção, o alargado âmbito geográfico da intervenção, a instabilidade das políticas sociais públicas e a pluralidade de expectativas em relação a esta Instituição ainda mais aumentam tal exigência. Acresce que algumas das valências da Cáritas são dirigidas a populações tão marginalizadas da sociedade que as receitas são inferiores às despesas, o que gera permanentemente delicados problemas de gestão imediata.
 
Sem querer dramatizar, serve todavia esta rápida descrição da Cáritas para tornar claro que ninguém que veja nesta exigência um motivo de lamentação aceitará fazer parte da sua Direcção; apenas quem vê nela um enorme manancial de oportunidades, a serem concretizadas dia após dia com muita fé, muito trabalho, muita dedicação e muito amor à Igreja, estará disponível para assumir tal responsabilidade; e esta exigência é ainda maior em relação ao cargo de Presidente, até porque o volume e a urgência das decisões a tomar exige uma liderança bastante activa, imediata e personalizada. É essa enorme disponibilidade de fé e essa dedicação ao trabalho que ficamos a dever à Direcção que agora termina o seu mandato.
 
Consequentemente, é forçoso reconhecer desde já os mesmos atributos à Direcção que agora passa a presidir à Cáritas Diocesana. Pessoas diferentes terão naturalmente maneiras de agir e de dirigir diferentes; mas o nível mais profundo da fé, da disponibilidade para servir e da competência só pode ser o mesmo.
 
A Cáritas é a Igreja numa acção concreta. O seu corpo dos profissionais, no qual me incluo, tem procurado ser digno desta identidade e responsabilidade. É, antes de mais, uma história de amor à Igreja e à humanidade, vivida apaixonadamente nas últimas cinco décadas, que temos para oferecer à Direcção agora empossada. E, naturalmente, com base nessa mesma história, a nova Direcção da Cáritas Diocesana de Coimbra pode contar também com a nossa lealdade na cooperação e a nossa disponibilidade para melhorarmos todos os dias no cumprimento das tarefas que nos são incumbidas.
 
Obrigado pela atenção.
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