DISCURSO DO Pe LUÍS COSTA,
PRESIDENTE DA CÁRITAS DIOCESANA DE COIMBRA
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Ex.mo e Rev.mo Senhor D. Albino Cleto,
Bispo de Coimbra
Ex.mas autoridades e Instituições aqui representadas
Caríssimos pais e familiares
Caríssimos colegas Presbíteros, de Direcção e Conselho Fiscal
Amigos funcionários, técnicos e colaboradores em geral
Minhas senhoras e meus senhores
Boa tarde
A Deus elevo a minha voz para agradecer o dom da vida, a mão protectora, a grandeza do Seu Amor.
A Ele tudo devo, pois é Ele que me torna, a cada momento, peregrino da eternidade.
Louvado sejas Senhor, Deus Amor e bendita seja a Tua e nossa Mãe, Maria Santíssima.
Ao Sr. D. Albino e à Diocese de Coimbra agradeço a amizade e confiança que em mim são depositadas.
Ao confiarem-me esta missão, entregam-me também o compromisso de corresponder à vontade de toda a Diocese e das pessoas que nela vivem.
Estou consciente que na minha pessoa e acção se projecta uma intervenção desejada e querida por esta diocese de Coimbra, nos seus presbíteros e fiéis leigos, no âmbito social e caritativo.
Espero e desejo que este voto de confiança seja uma oportunidade para que a Igreja realize a sua mais fundamental missão: fazer conhecer Deus, que é Amor.
«O amor que é e permanece o verdadeiro motor da missão, constituindo também o único critério pelo qual tudo deve ser feito ou deixado de fazer, mudado ou mantido. É o princípio que deve dirigir cada acção, e o fim para o qual se deve tender. Agindo na perspectiva da caridade ou inspirados pela caridade, nada é impróprio, e tudo é bom» (João Paulo II, Encíclica Redemptoris missio, n. 60).>
Queira Deus tornar possível este bem por todos esperado.
Aos membros dos Corpos Sociais cessantes a minha palavra de agradecimento e louvor por todo o trabalho realizado.
Uma menção especial àqueles que me antecederam na missão, Pe. Aníbal e Pe. Sousa, por toda a dedicação e serviço aqui prestados.
Cada tempo tem a sua história, cada momento a sua oportunidade.
Por tudo o que se vê e por muito que não se consegue ver, o nosso agradecimento e louvor pelo esforço e dedicação realizados nesta casa e ao que ela significa.
Deus faça crescer toda a sementeira por vós feita e que os seus frutos sejam abundantes.
Aos membros dos Corpos Sociais que agora assumem a responsabilidade de colaborarem na condução desta Instituição a minha mais profunda consideração.
Antes de mais, por terem tido a grandeza de aceitar o convite que lhes foi feito, depois porque, desde a primeira hora, assumiram como um serviço grandioso e exigente a missão que lhes era proposta.
Às suas famílias, dum modo especial aos esposos e filhos, um abraço forte, pois, directa ou indirectamente, também eles participam nesta doação.
Deus vos abençoe e encha de sabedoria para contribuirdes com generosidade para o bem deste projecto.
Aos colaboradores, amigos e voluntários da Cáritas a minha amizade e confiança.
Sei que sois vós o rosto desta missão.
Sois os dinamizadores e executores de uma acção que vai para além do perceptível e compreensível.
Sois vós as mãos estendidas junto daqueles que nos procuram ou são por nós encontrados.
Convosco desejo remar para um porto mais além.
Juntos seremos a força segura e persistente que esta travessia precisa.
Que Deus vos fortaleça no vosso caminhar, alimente em vós a esperança em sonhar sempre.
Às crianças, jovens e adultos, homens e mulheres do mundo de hoje e de amanhã, que esperam de nós uma resposta concreta num serviço de excelência, dedico a minha vontade de trabalhar, cada dia e cada momento, em nome de Cristo, em prol da construção do Reino do homem novo.
Que Deus vos abençoe e encha de graças para que, em nós, possais encontrar um samaritano nos caminhos de Jericó, que fazem a nossa vida.
Às Instituições e entidades parceiras, públicas e privadas, apresento a minha disposição em colaborar e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e mais livre, capaz de se sentir irmã e chamada a cuidar daqueles que realmente precisam.
Em nome desta casa peço o auxílio e cooperação própria de cada tempo e de cada instância, para que juntos sejamos uma ocasião de serviço ao homem que mais sofre.
Que Deus vos ilumine nas tomadas de decisão e posicionamento diversos, para poderdes ser sinal de esperança neste tempo de mudança.
A todos vós que aceitastes o convite a estardes presentes nesta hora feliz da nossa casa, os meus sinceros agradecimentos e, duma forma especial, o meu agradecimento a todos os que colaboraram na organização e preparação desta tarde, pela sua dedicação e esforço.
Que o Espírito Santo habite a Cáritas para que a missão de Jesus Cristo se realize na concretização do chamamento ao serviço do homem de hoje e de sempre.
Que através de nós se manifeste a face de Cristo no reconhecimento do valor de cada pessoa, como criatura amada por Deus, na alegria e generosidade de quem vive a Cáritas como missão.
Nos caminhos de Jericó continuam, ainda hoje, homens à beira do caminho, ícones das feridas do mundo moderno, desfigurados na sua humanidade, marginalizados, sós e esquecidos.
Nos caminhos de Jericó passam, ainda hoje, samaritanos, ícones da Misericórdia divina, capazes de se encherem de compaixão e ver no outro caído um irmão e dele fazer-se próximo.
Nos caminhos de Jericó, ainda hoje, muitos se inclinam sobre o homem caído, sem o desprezar ou abandonar, curando-o, devolvendo-lhe a dignidade, revelando o amor no serviço.
Nos caminhos de Jericó, ainda hoje, somos convidados: «Vai e faz tu também o mesmo». Porque toda a vida pede amor. Tornar-se próximo no amor, no cuidado e no serviço a todo o ser humano, seja qual for a sua idade, situação ou condição de vida é a exigência. Porque a «glória de Deus é o homem vivo» (Santo Ireneu).
Obrigado.
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