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18 de Abril – 3º Domingo da Páscoa

Actos 5, 27b-32.40b-41; Sl 29; Ap 5, 11-14; Jo 21, 1-19

Simbolos, verdades e estratégias

                Jesus manifestou-Se outra vez aos seus discípulos, junto do mar de Tiberíades. Manifestou-Se deste modo: Estavam juntos Simão Pedro e Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos de Jesus. Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar». Eles responderam-lhe: «Nós vamos contigo». Saíram de casa e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada.
                Ao romper da manhã, Jesus apresentou-Se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele. Disse-lhes Jesus: «Rapazes, tendes alguma coisa de comer?» Eles responderam: «Não». Disse-lhes Jesus: «Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis». Eles lançaram a rede e já mal a podiam arrastar por causa da abundância de peixes.
                O discípulo predilecto de Jesus disse a Pedro: «É o Senhor». Simão Pedro, quando ouviu dizer que era o Senhor, vestiu a túnica que tinha tirado e lançou-se ao mar. Os outros discípulos, que estavam apenas a uns duzentos côvados da margem, vieram no barco, puxando a rede com os peixes.
                Quando saltaram em terra, viram brasas acesas com peixe em cima, e pão. Disse-lhes Jesus: «Trazei alguns dos peixes que apanhastes agora». Simão Pedro subiu ao barco e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede. Disse-lhes Jesus: «Vinde comer». Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-Lhe: «Quem és Tu?», porque bem sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com os peixes. Esta foi a terceira vez que Jesus Se manifestou aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.
                Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, tu amas-Me mais do que estes?» Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta os meus cordeiros».(…)(João)

Simbolos, verdades e estratégias

                Estamos diante de um texto bíblico carregado de símbolos, um acrescento no final do evangelho de João que tenta responder à imensa “noite” da Igreja do final do século I. Era uma Igreja
–     decepcionada com a “ausência de Deus” (ela que acreditara numa 2ª vinda imediata de Cristo),
–     desalentada (o tempo daquelas conversões entusiásticas iniciais tinha passado),
–     confusa (debatem-se já no seu interior heresias da mais diversa ordem),
–     perseguida (religiosa e politicamente).
                Para responder a esta imensa “noite” [onde o triunfo é o do reino do mal] da Igreja desses tempos, o autor sagrado abre diferentes perspectivas, algumas de fé, outras de organização. Entre as perspectivas de fé, situam-se:
1.  É preciso acreditar na presença de Deus, mesmo quando não o reconhecemos nas coisas/situações que vemos;
2.  É preciso acreditar mais na sua Palavra do que no nosso saber, na nossa técnica, na nossa capacidade;
3.  É preciso compreender que a verdadeira pesca não é nossa, mas de Deus. Quando chegamos a terra carregados de peixe, afinal descobrimos que Deus não só já tinha pescado, mas até mesmo assado o peixe!
4.  É preciso alimentarmo-nos da Eucaristia. “Bem sabemos que n’Ela nos alimentamos do Senhor”.
5.  Na Eucaristia esgota-se a totalidade da manifestação de Jesus aos discípulos depois da Ressurreição (esta foi a terceira vez!).
                Entre as perspectivas de organização, situam-se:
6.  A necessidade de “avaliar” e rectificar a acção. [Há tempos, alguém me fazia notar que este evangelho dizia para os pescadores lançarem as redes “para a direita” e não “para o outro lado”, como eu acabara de dizer. OK; se considerarmos “direita” como “lado certo”, tem sentido; não adianta atirar as redes para o outro lado, só porque é outro; as redes devem ser atiradas para o lado certo. Então a pesca tem possibilidade de ser abundante!].
7.   A necessidade de uma organização interna à Igreja que a faça brilhar no amor e na comunhão, reforçando a unidade à volta do sucessor de Pedro, independentemente das suas limitações e imperfeições/pecados pessoais.
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