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20 de maio – domingo da Ascensão

Finalidades dos relatos da Ascensão

Aqueles que se tinham reunido começaram a perguntar: «Senhor, é agora que vais restaurar o reino de Israel?» Ele respondeu-lhes: «Não vos compete saber os tempos ou os momentos que o Pai determinou com a sua autoridade; mas recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria e até aos confins da terra». Dito isto, elevou-Se à vista deles e uma nuvem escondeu-O a seus olhos. (Atos dos Apóstolos)

O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda um espírito de sabedoria e de revelação para O conhecerdes plenamente e ilumine os olhos do vosso coração, para compreenderdes a esperança a que fostes chamados, os tesouros de glória da sua herança entre os santos e a incomensurável grandeza do seu poder para nós os crentes. Assim o mostra a eficácia da poderosa força que exerceu em Cristo, que Ele ressuscitou dos mortos e colocou à sua direita nos Céus, acima de todo o Principado, Poder, Virtude e Soberania, acima de todo o nome que é pronunciado, não só neste mundo, mas também no mundo que há-de vir. (Efésios)

Jesus apareceu aos Onze e disse-lhes: «Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for batizado será salvo; mas quem não acreditar será condenado. Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem: expulsarão os demónios em meu nome; falarão novas línguas; se pegarem em serpentes ou beberem veneno, não sofrerão nenhum mal; e quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados». E assim o Senhor Jesus, depois de ter falado com eles, foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus. Eles partiram a pregar por toda a parte e o Senhor cooperava com eles, confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam. (Marcos)

 

Apenas S. Marcos e S. Lucas narram a Ascensão de Jesus ao Céu. S. Lucas narra duas vezes: no Evangelho e no Livro dos Atos dos Apóstolos. A narração do Livro dos Atos dos Apóstolos é a que lemos na 1ª Leitura. A versão mais antiga de Marcos também não tinha o relato que hoje lemos no Evangelho, tendo sido acrescentado mais tarde.

O facto de este relato não pertencer ao texto mais antigo de Marcos não quer dizer que não tenha sido inspirado e não constitua verdadeira revelação de Deus. A redação dos evangelhos é complexa, sendo que o evangelho de Marcos influenciou de certeza absoluta os de Mateus e de Lucas e que, por sua vez, voltou a ser influenciado por eles na redação final que hoje temos. Neste espeto, os evangelhos são também testemunho do amadurecimento da fé das primeiras comunidades cristãs, conforme o apelo de Paulo aos Efésios que lemos na 2ª Leitura.

Percebemos assim que os relatos da Ascensão, até pelo seu carater tardio, não pretendem certamente narrar um acontecimento físico (Jesus a elevar-se à vista dos Onze), embora nada impeça que tal pudesse ter acontecido. Mas, no essencial, procuram três coisas:

    1. Consolidar a verdade de fé da vida divina de Jesus de Nazaré junto de Deus Pai, conforme lemos também na 2ª Leitura.

    2. Fechar o tempo das Aparições de Jesus ressuscitado. Com esta ideia de “afastamento físico”, Lucas e Marcos dizem aos seus leitores que o tempo histórico da presença física do Filho de Deus junto dos homens encerrou definitivamente, e que agora a sua presença se dá doutro modo: pelo seu Espírito Santo, através da Igreja.

    3. Confirmar a Igreja na missão de continuar no mundo a obra de Jesus. Lucas e Marcos fazem do momento da Ascensão o momento das “últimas instruções” de Jesus sobre a terra. E essas instruções são de missão: “ide e fazei…”. E o “fazer” é fazer rigorosamente aquilo que Ele próprio fez: “pregar o evangelho a toda a criatura”.

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