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Mensagem do Pe. Luís Costa para o Dia Cáritas

Vejam como eles se amam

«Enquanto celebravam a ceia, Jesus, sabendo perfeitamente que o Pai tudo lhe pusera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava, levantou-se da mesa, tirou o manto, tomou uma toalha e atou-a à cintura. Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que atara à cintura.


Depois de lhes ter lavado os pés e de ter posto o manto, voltou a sentar-se à mesa e disse-lhes: «Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-me ‘o Mestre’ e ‘o Senhor’, e dizeis bem, porque o sou. Ora, se Eu, o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Na verdade, dei-vos exemplo para que, assim como Eu fiz, vós façais também. Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.»  (Jo 13, 3-5; 12-15; 35)
«Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vós; fazei isto em minha memória.» (Lc 22, 19)

A Eucaristia e o serviço no Amor são os únicos mandatos do Senhor Jesus aos seus discípulos. A Fonte que jorra compromisso pelo próximo reclama de nós, discípulos, uma atitude assumida para com o irmão mais pobre.
Quem é o irmão mais pobre? É todo aquele que tem o rosto do meu vizinho, do meu amigo, do anónimo que acaba de passar por mim, rostos abatidos que deambulam pela rua sem destino,  olhos angustiados e perdidos do lado de lá do vidro do autocarro. São as verdadeiras vítimas deste tempo de “crises”, em que a indiferença do individualismo desta sociedade “folha de excel”, onde não somos mais do que a soma de frios números, não perdoa quem está menos protegido. A “lepra” voltou a fazer parte das nossas sociedades. Agora tem novas expressões, mas reclama os mesmos comportamentos: é preciso andar de rosto escondido, não se aproximar para não contagiar, é vergonhoso e excludente. Os atingidos já não são colocados em “leprosarias”, mas são fechados nos seus apartamentos com o medo de serem despojados por não cumprirem com os encargos das prestações aos bancos, com o pagamento da água, luz ou gás. Vestem bem, porque não têm outro modo, são as suas roupas – os despojos da dignidade um dia conquistada e tão depressa perdida.


É hora de sair das “catacumbas” e vir auxiliar os irmãos caídos à beira do caminho. É hora de concretizar a comunhão da mesa eucarística no serviço dos pobres. Em todas as frentes, com todas as energias, usando de todos os recursos. É este o nosso tempo; esta “lepra” do século XXI reclama a nossa força e coragem na sua cura. Somos ainda efetivamente muitos, como muito é o bem que juntos podemos fazer. Uma “esmola”, uma partilha de bens, um compromisso assumido no serviço daqueles que sofrem nas nossas comunidades são expressões reais de que o Reino de Deus está entre nós. Levanta-te irmão e vem ajudar. Levanta-te irmão e vem apoiar quem faz dos seus dias a concretização desta missão. Junta a tua mão às mãos da Cáritas e juntos transformaremos, com Cristo, este mundo num mundo melhor. Contamos com os discípulos da Diocese de Coimbra para que outros possam dizer: «Vejam como eles se amam».

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