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1 de março – 2º domingo da quaresma

 

Jesus, definitiva Aliança entre Deus e a humanidade


O Anjo do Senhor chamou Abraão do Céu pela segunda vez e disse-lhe: «Por Mim próprio te juro __ oráculo do Senhor __ já que assim procedeste e não Me recusaste o teu filho, o teu filho único, abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar, e a tua descendência conquistará as portas das cidades inimigas. Porque obedeceste à minha voz, na tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra». (Génesis)

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e subiu só com eles para um lugar retirado num alto monte e transfigurou-Se diante deles. As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que nenhum lavadeiro sobre a terra as poderia assim branquear. Apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: «Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés, outra para Elias». Não sabia o que dizia, pois estavam atemorizados. Veio então uma nuvem que os cobriu com a sua sombra e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado: escutai-O». De repente, olhando em redor, não viram mais ninguém, a não ser Jesus, sozinho com eles. Ao descerem do monte, Jesus ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, enquanto o Filho do homem não ressuscitasse dos mortos. Eles guardaram a recomendação, mas perguntavam entre si o que seria ressuscitar dos mortos. (Marcos)


Na semana passada tivemos na primeira Leitura o relato de uma aliança entre Deus e Noé; esta semana temos o relato de uma aliança entre Deus e Abraão; para a semana teremos o relato da Aliança entre Deus e Moisés. Percebemos que o Antigo Testamento está cheio de alianças entre Deus e a humanidade, porque, em boa verdade, são alianças entre Deus e a humanidade, toda a humanidade – através destes personagens concretos. E porque é que Deus toma a iniciativa de fazer tantas alianças com a humanidade? Porque Deus quer o bem do homem. “A glória de Deus é que o homem viva” (Santo Ireneu)! E porque é que são tantas? Porque, historicamente, essas diversas alianças foram destruídas pela infidelidade do homem, pelo pecado. O homem sempre rompeu com Deus. E então Deus toma a iniciativa de refazer a Aliança, de se voltar a comprometer com o homem. Porque é um eterno apaixonado pelo bem do homem.

É à luz destas alianças do Antigo Testamento que deve ser lido o texto do Evangelho da Missa de hoje, que é, em definitivo, uma afirmação de que em Jesus de Nazaré Deus fez uma nova e definitiva Aliança com a humanidade. O episódio tem várias cenas.
Na primeira, Jesus transfigura-se diante dos discípulos. Esta transfiguração jorra de dentro de si próprio. Ele, sendo plenamente homem, autorrevela-se, por si mesmo, verdadeiro Deus.
Na segunda cena, Moisés, que representa a Lei, e Elias, que representa a profecia, conversam com Jesus. Todas as alianças antigas, todas as leis sagradas, todos os desafios proféticos, estão ali, na pessoa divina de Jesus. Nada, absolutamente nada, da vida e da fé, está fora de Jesus. Moisés só foi o mediador de uma aliança porque já estava em Jesus. Elias só foi o profeta que apontou permanentemente para aliança, porque já estava em Jesus. Jesus é Deus desde toda a eternidade. Tudo o que existe, existe n’Ele, por Ele e para Ele.
A terceira cena mostra-nos que isto é de uma absoluta incompreensão para os homens quando, ainda que vivendo a felicidade de serem amados em aliança, reduzem a compreensão das coisas ao tamanho das suas evidências.
A quarta cena é uma teofania, uma confirmação pelo próprio Pai de que em Jesus Ele celebra uma Nova Aliança com a humanidade.
A quinta cena é o regresso à vida, à vida dura e cheia de incompreensões, mas alimentada pela feliz expetativa da ressurreição dos mortos, cujos contornos permanecem eternamente no mistério de Deus.

Em Jesus de Nazaré, Deus e o homem encontram-se de modo absoluto. Tudo o que é humano e divino está n’Ele. O ser e fazer humanos coincidem com o ser e fazer divinos. Por isso, n’Ele, Deus e o Homem são um só. Esta é a Aliança perfeita. Em Jesus não há mais espaço para a divisão, para a traição, para o pecado. Ele é, em si mesmo, a Eterna Aliança, pela qual readquirimos em definito a dignidade de sermos amigos de Deus.

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