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5 de abril – domingo de Páscoa

Só Cristo é nosso Senhor. Nada nem ninguém mais.


Pedro tomou a palavra e disse: «Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo que João pregou: Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré, que passou fazendo o bem e curando a todos os que eram oprimidos pelo Demónio, porque Deus estava com Ele. Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez no país dos judeus e em Jerusalém; e eles mataram-n’O, suspendendo-O na cruz. Deus ressuscitou-O ao terceiro dia e permitiu-Lhe manifestar-Se, não a todo o povo, mas às testemunhas de antemão designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos. Jesus mandou-nos pregar ao povo e testemunhar que Ele foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos. É d’Ele que todos os profetas dão o seguinte testemunho: quem acredita n’Ele recebe pelo seu nome a remissão dos pecados». (Atos dos Apóstolos)

Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra. Porque vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar, também vós vos haveis de manifestar com Ele na glória. (Colossenses)

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o discípulo predileto de Jesus e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram». Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou. Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos. (João)


A primeira leitura apresenta-nos um modelo da pregação da Igreja primitiva, ainda no tempo dos apóstolos. Era um modelo tão caraterístico que assumiu mesmo um nome técnico: kerigma. Neste tipo de anúncio, o pregador (que aqui é o próprio S. Pedro) lembra aos ouvintes os passos principais da História da Salvação no antigo Testamento e a Promessa de Deus de enviar um Messias; depois detém-se sobre a vida de Jesus, e sua paixão, morte e ressurreição, de que o próprio pregador é testemunha original, destacando todos os aspeto da vida de Jesus que são conformes às expetativas sobre esse Messias; por fim, professa o Senhorio universal de Jesus, o Cristo de Deus e convida as pessoas a acreditarem n’Ele.

A Segunda Leitura é tirada da Carta aos Colossenses. É um dos escritos mais “cristológicos” de Paulo, onde tudo é referenciado unicamente a Cristo; à luz de Cristo, Paulo insiste em que os cristãos se devem libertar da submissão às coisas da lei judaica (sobre a comida, sobre o sábado…) e da submissão às coisas das crenças pagãs (forças cósmicas, seres celestiais…), porque só Cristo é o Senhor. Para Paulo, ser cristão é um ter matado em nós tudo o que não é Cristo crucificado (“vós morrestes”), para ressurgirmos ressuscitados com Cristo (“ressuscitastes com Cristo”).

O Evangelho narra-nos, na versão de S. João, as primeiras reações dos discípulos e das santas mulheres à Ressurreição do Senhor Jesus, começando pelo “espanto” das mulheres e pelas suas induções explicativas para o desaparecimento do corpo de Jesus, passando pela descrição física do cenário tumular, até ao primeiro “ato de fé” na ressurreição do Nazareno: o do próprio João. Este ato de fé de João, como vemos, não está fundamentado ainda em nenhuma aparição, mas na compreensão das Escrituras, relidas à luz da vida e morte de Jesus, e do túmulo vazio.

Em rigor, não se deve afirmar que o túmulo estava vazio: Pedro “viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte”. Este pormenor, do sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus estar enrolado à parte e não desenrolado, supõe que a cabeça que esteve dentro dele se libertou dele sem o ter desenrolado. Foi esse pormenor que disparou em João o flash da ressurreição: “viu e acreditou”.

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