Notícias

17 de maio – Solenidade da Ascensão do Senhor

No decurso de uma refeição


Um dia em que estava com eles à mesa, mandou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, «da Qual – disse Ele – Me ouvistes falar. Na verdade, João batizou com água; vós, porém, sereis batizados no Espírito Santo, dentro de poucos dias». Aqueles que se tinham reunido começaram a perguntar: «Senhor, é agora que vais restaurar o reino de Israel?» Ele respondeu-lhes: «Não vos compete saber os tempos ou os momentos que o Pai determinou com a sua autoridade; mas recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria até aos confins da terra». Dito isto, elevou-Se à vista deles e uma nuvem escondeu-O a seus olhos. (Atos dos Apóstolos)

O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda um espírito de sabedoria e de revelação para O conhecerdes plenamente e ilumine os olhos do vosso coração, para compreenderdes a esperança a que fostes chamados, os tesouros de glória da sua herança entre os santos e a incomensurável grandeza do seu poder para nós os crentes. (Efésios)

Jesus apareceu aos Onze e disse-lhes: «Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for batizado será salvo; mas quem não acreditar será condenado. Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem: expulsarão os demónios em meu nome; falarão novas línguas; se pegarem em serpentes ou beberem veneno, não sofrerão nenhum mal; e quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados». E assim o Senhor Jesus, depois de ter falado com eles, foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus. Eles partiram a pregar por toda a parte e o Senhor cooperava com eles, confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam. (Marcos)


Ao celebrarmos a Ascensão de Jesus, bem precisamos de repetir ferverosamente a oração de Paulo (2ª Leitura: Deus nos conceda um espírito de sabedoria e de revelação para O conhecermos plenamente! De facto, é extremamente difícil falar da Ascensão, como ato em si mesmo, porque a Ascensão é simplesmente um outro modo de falar da Ressurreição. Ressurreição e Ascensão são a mesma coisa, sendo que a ideia de Ressurreição só fica completa com a ideia de Ascensão (senão podíamos pensar apenas num simples voltar a uma vida igual à anterior) e a ideia de Ascensão só fica completa com a ideia de Ressurreição, porque aquele que entra no seu pleno poder divino (2ª Leitura) é aquele Jesus nazareno que foi condenado à morte e realmente expirou numa cruz na mais indiscritível agonia.

Apesar de ser um mesmo acontecimento (Ressurreição-Ascensão), S. Lucas sentiu a necessidade de nos falar dele como se fossem dois acontecimentos diferentes separados por 40 dias. E fá-lo, certamente, para reforçar esta ideia de 40, pois que 40 na linguagem bíblica significa uma geração, ou um ciclo completo. Então, o que S. Lucas diz é que com a Ressurreição-Ascensão terminou completamente o ciclo da revelação histórica de Jesus, a sua presença no meio dos homens, o seu ensino sobre o reino de Deus. Entrámos num ciclo totalmente novo, em que essa presença e esse ensino passa agora a ser uma missão dos próprios discípulos, uma missão nossa, da Igreja: somos hoje, aqui, a revelação do amor de Deus a toda a humanidade, a manifestação do triunfo do amor do Senhor Jesus sobre todas as formas de morte, os anunciadores de um Reinado de Deus triunfante sobre todos os limites da criação e sobre todos os desvirtuamentos provocados pelo pecado, somos a força capaz de perdoar os pecados e salvar o mundo!

Curiosamente, quer S. Lucas (no Livro dos Atos dos Apóstolos) quer S. Marcos colocam a Ascensão no decurso de uma refeição: “Um dia em que estava com eles à mesa” (At 1, 4); “Apareceu, finalmente, aos próprios Onze quando estavam à mesa” (Mc 16, 14). A descoberta de Cristo Ressuscitado-Ascendido dá-se na Eucaristia e é no alimento eucarístico que vamos buscar a força do Espírito de Jesus, do próprio Espírito Santo, por Ele prometido, para cumprirmos a missão do novo ciclo da História das Salvação, do ciclo que nos cabe a nós cumprir.

Partilhar:

Deixe uma resposta

Cáritas

A Cáritas Portuguesa é um serviço da Conferência Episcopal Portuguesa. É membro da Cáritas Internationalis, da Cáritas Europa, da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, da Confederação Portuguesa do Voluntariado, da Plataforma Portuguesa das ONGD e do Fórum Não Governamental para a Inclusão Social.

Cáritas em Portugal

Contactos

Rua D. Francisco de Almeida, n 14
3030-382 Coimbra, Portugal

239 792 430 (Sede) – Chamada para rede fixa nacional

966 825 595 (Sede) – Chamada para rede móvel nacional

239 792 440 (Clínica) – Chamada para rede fixa nacional

 caritas@caritascoimbra.pt

NIF: 501 082 174

Feed

 

Comunicação Institucional