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APARTAMENTO DE REINSERÇÃO

APRESENTAÇÃO

Nome: Apartamento de Reinserção é uma estrutura de prevenção secundária das adições, licenciada e cofinanciada pelo ISS-IP.

Localização: Bairro de S. Miguel, nº 22 – 2º, Coimbra

Âmbito de intervenção: É uma estrutura de prevenção secundária das adições, licenciada e cofinanciada pelo ISS-IP. Acolhe indivíduos com problemáticas aditivas que se encontrem, ou tenham terminado com sucesso, processos de tratamento, quer em comunidade terapêutica, quer em regime de ambulatório e que manifestem dificuldades na sua reinserção social e/ou profissional.

Capacidade: Trata-se de um apartamento tipologia T4 com sótão habitável tipo T3 adaptado para utilização da Instituição, com capacidade para 9 residentes do sexo masculino.

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

O Apartamento de Reinserção Social “S.Miguel” foi criado em dezembro de 1992 com o objetivo de promover a reinserção socioprofissional de indivíduos que tivessem concluído tratamento em regime de internamento prolongado na Comunidade Terapêutica “Encontro”, propriedade da Caritas Diocesana de Coimbra.

Inicialmente localizado em S. Martinho, funciona atualmente num edifício no Bairro de S. Miguel, adquirido pela Cáritas que permite um acesso mais facilitado aos serviços que os residentes necessitam aceder.

GRUPO-ALVO:

A população alvo a abranger são indivíduos maiores de 18 anos, do sexo masculino, com problemática aditiva que se encontrem, ou tenham terminado com sucesso processos de tratamento, quer em comunidade terapêutica, quer em regime de ambulatório e que manifestem dificuldades na sua reinserção social e/ou profissional.

Não são admitidos indivíduos portadores de incapacidade física, ou patologia psiquiátrica que impeçam a sua autonomização ou, o normal funcionamento da casa.

Regularmente, são feitos testes de rastreio de substâncias psicotrópicas para deteção de eventuais recaídas. Em caso de resultado positivo o utente não poderá permanecer no grupo, tendo que abandonar o Apartamento.

OBJETIVOS DA RESPOSTA

O tratamento do indivíduo com comportamento aditivo não se esgota na fase de intervenção terapêutica. O processo de reintegração social e profissional é de particular importância, na medida em permite consolidar as competências pessoais e sociais adquiridas. O papel do Apartamento de Reinserção Social é fundamental nesta fase, principalmente quando se trata de indivíduos desprovidos de rede de suporte primário.

Trata-se de uma plataforma intermédia entre o contexto de reabilitação e a reintegração profissional, social e/ou familiar. 

O ambiente de estabilidade e proteção proporcionado permite que os utentes assumam, paulatinamente, responsabilidades e deveres, através do treino das suas capacidades de realização.

As atividades de educação não formal realizadas permitem, através do treino prático de competências, debelar fatores desfavoráveis à autodeterminação dos indivíduos. Mediante o acompanhamento multidisciplinar (social, psicológico, jurídico, clínico, etc.) promove-se a criação de uma nova rede de contactos com a comunidade envolvente, abrindo caminho para o exercício pleno e ativo da cidadania.

Ao longo do período de permanência no Apartamento de Reinserção Social os utentes aprenderão a resolver adequadamente os seus problemas de readaptação social. Tratando-se, na maioria dos casos, de pessoas que interromperam precocemente o seu percurso educacional, as ações com vista à reintegração profissional incidirão no encorajamento à progressão formativa.

Pelo exposto, este Apartamento pretende continuar a constituir-se como uma plataforma de promoção da reinserção social e profissional de indivíduos que numa fase “livre de drogas” se veem confrontados com carências a diversos níveis (económico, familiar, educativo, formativo, emprego, etc.), proporcionando-lhes não só condições logísticas condignas, mas também supervisão técnica adequada à consolidação do tratamento e prossecução da sua plena autonomização.

SERVIÇOS DISPONIBILIZADOS

Os residentes do Apartamento de Reinserção vivem em grupo, em regime de semi-internato, o que possibilita a partilha de espaços, organização grupal, apoio dos pares e respeito pela esfera individual de cada um.

O quotidiano neste equipamento é semelhante à vida doméstica. As atividades na casa são partilhadas pelos residentes, sendo função do técnico zelar pelo cumprimento das mesmas.

Semanalmente são realizadas reuniões de grupo com o objetivo de organizar e coordenar as atividades, é feito um balanço das visitas à família, procura de emprego e outras saídas dos utentes.

INFORMAÇÕES ÚTEIS

A inscrição no Apartamento é da responsabilidade da entidade que encaminha, que pode ser Comunidade Terapêutica, Equipa de Tratamento ou Estabelecimento Prisional. A equipa destas unidades de tratamento endereça o pedido à equipa técnica do Apartamento, acompanhada de informação social do candidato a residente, para posterior análise.

A partir daqui seguem-se os procedimentos previamente definidos na gestão da lista de espera.

Tratando-se de um espaço que se tenta, o mais próximo possível do ambiente familiar, as visitas não obedecem a nenhum horário estipulado, dentro da razoabilidade, sendo que terão que ser sempre, previamente, autorizadas pela equipa técnica.