Cáritas de Coimbra inaugurou Unidade de Móvel de Medicina Física e de Reabilitação
A Cáritas Diocesana de Coimbra inaugurou oficialmente, no dia 6 de setembro, a sua Unidade Móvel de Medicina Física e Reabilitação da Clínica Rainha Santa Isabel. Este é um equipamento que irá facilitar o acesso à fisioterapia e de cuidados de reabilitação às populações mais distantes dos centros urbanos.
Na mensagem do Presidente da Cáritas Diocesana de Coimbra, Pe. Luís Costa, este foi um percurso iniciado há cerca de um ano e que culminou na apresentação da Unidade Móvel, “O já conhecido e referido sonho e projeto do terapeuta Joaquim Paulo, com mais de 20 anos, foi então apresentado à Direção da Cáritas de Coimbra e por ela acolhido com total disponibilidade.”.
Segundo as palavras do Presidente da Cáritas de Coimbra “As ideias apresentadas cumpriam um conjunto de requisitos essenciais para vir a ser um projeto Cáritas”, destacando algumas delas. “Enquadrava-se num âmbito de serviço já existente na Cáritas, concretizado na Clínica de Medicina Física e Reabilitação Rainha Santa Isabel; buscava a facilitação do acesso a um conjunto de cuidados básicos de saúde, que consideramos indispensáveis para qualquer pessoa, mas particularmente para as pessoas de maior idade, de modo a garantir-lhes a manutenção da sua autonomia nas atividades de vida diária; buscava a descentralização, deste tipo de serviço, dos grandes centros urbanos, onde existe já suficiente resposta pública e privada; tratava-se de um projeto flexível e escalável; e, suportava-se numa crença partilhada e desejada por muitos.”
A ideia apresentada necessitava de um suporte institucional e legal para operar. Era necessário também uma entidade com protocolos estabelecidos com os diferentes sistemas convencionados, públicos e privados, que garantisse uma logística continuada no tempo, capaz de responder aos diferentes desafios que um serviço com esta tipologia exige. O Pe. Luís Costa reforçou que “Concluímos, então, que a Cáritas de Coimbra, a partir da sua Clínica, poderia ser a ocasião para esse suporte.” relembrando que “Muitos foram os dias e os desafios ultrapassados para chegarmos ao resultado que está perante nós. Todos e cada um deles, foram ultrapassados graças à boa vontade e resiliência de muitos e a um grande esforço humano e financeiro das empresas parceiras e da Cáritas para superar cada dificuldade encontrada.”
O Presidente da Cáritas Coimbra aproveitou a ocasião para agradecer às principais empresas parceiras que tornaram possível esta unidade móvel de fisioterapia, nomeadamente: a Ascendum; Banho&Companhia; Car Repair System; Dilufrio; Litocar; Medivaris; Pinturas Vitor Pisco e Tintas Robbialac; Ricardo Santos Alumínios; Salutec; Sotinar e Transportes Pascoal; declarando que “Oportunamente, teremos a ocasião de divulgar, por meios próprios, a listagem completa das pessoas e entidades que connosco colaboraram.”
Foram ainda destacados, pelo Pe. Luís Costa, dois aspectos importantes na perspetiva da Instituição. O primeiro prende-se com o impacto relevante procurado com este projeto único e inovador. Segundo o Presidente da Cáritas de Coimbra, pode ser verificado através de quatro indicadores: “1 – mobilidade e proximidade dos serviços de fisioterapia. O sucesso da operação durante os jogos europeus universitários, no passado julho, demonstra, com nota alta, a ocasião feliz que representa dispor de uma unidade deste tipo, no espaço e no tempo dos jogos; 2 – democratização e facilitação do acesso a cuidados de reabilitação a um conjunto de pessoas que residem fora dos grandes centros urbanos; 3 – redução dos custos diretos para os utentes, em gastos com transporte e no tempo despendido, assim como aqueles que são reconhecidos pelos diversos sistemas convencionados também ao nível das deslocações; 4 – a possibilidade de replicação deste tipo de projeto a nível regional e nacional, respondendo a diferentes desafios há muito identificados.”
O segundo e último aspecto destacado por Pe. Luís Costa foi o “agradecimento profundo pela vida e ação das pessoas que se vão cruzando connosco e que nos ajudam a ser, cada dia, melhores, no que somos e fazemos, unto daqueles que a nós se confiam.” Deixando ainda “Uma palavra especial à família do Professor Calvão da Silva, um dos padrinhos e apaixonados pela ideia e pelo projeto. Sentimos uma perda comum.”
Pe. Luís Costa terminou com um agradecimento pela “confiança em nós depositada e a esperança de que, apesar das nossas fragilidades e limitações, podemos ajudar a fazer a diferença.” Agradeceu a todos pela presença no encontro e pelo caminho que foi feito e que falta fazer, não esquecendo um especial agradecimento ao Joaquim Paulo, ao António Figueiredo, ao João Paulo, ao João Maria, ao Pedro Lemos pela sua iniciativa e mobilização e a todos os colegas e profissionais Cáritas que prepararam e garantiram a logística do momento.