Seminário Pobreza – Olhares e Perspetivas decorreu a 19 de maio
Seminário Pobreza – Olhares e Perspetivas decorreu a 19 de maio
Promovido pela Cáritas Diocesana de Coimbra, no ano em que se se assinalam os 25 anos da implementação do seu primeiro projeto de Luta Contra a Pobreza, decorreu a 19 de maio o Seminário Pobreza Ontem e Hoje – Olhares e Perspetivas.
Seminário Pobreza – Olhares e Perspetivas decorreu a 19 de maio
Promovido pela Cáritas Diocesana de Coimbra, no ano em que se se assinalam os 25 anos da implementação do seu primeiro projeto de Luta Contra a Pobreza, decorreu a 19 de maio o Seminário Pobreza Ontem e Hoje – Olhares e Perspetivas. Com início às 9h15, a apresentação da temática e sessão de debate decorreu no Auditório da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.
A sessão de abertura contou com a dinamização de uma pequena provocação à sensibilidade dos presentes, materializada num momento teatral por parte de utentes e colaboradores do grupo de teatro do Centro Comunitário de Inserção, equipamento da Cáritas de Coimbra em funcionamento na Baixa da cidade.
O Presidente da Cáritas Diocesana de Coimbra, Sr. Pe. Luís Costa, deu início ao seminário com uma reflexão sobre os contornos da pobreza e as suas manifestações, o seu impacto e desafio civilizacional, o percurso histórico e o que se pretende na transformação da sociedade e intervenções a projetar no futuro.
Em representação da Segurança Social, o Eng. Ramiro Miranda, Diretor de Segurança Social do Centro Distrital de Coimbra, apresentou na sua intervenção as várias medidas de apoio disponibilizadas por este organismo e o Dr. Alberto Costa, Delegado Regional do Centro do IEFP, referiu que a pobreza é um problema complexo e não é necessariamente coincidente com a falta de emprego, embora a ausência de emprego agrave as situações de pobreza, encontram-se situações de pobreza agravada em pessoas com emprego.
Políticas, Perspetivas e Práticas deram o mote às apresentações e debate, que contou com o Juiz Conselheiro Laborinho Lúcio como moderador e com o Professor Pedro Hespanha, membro Fundador do Centro de Estudos Sociais (CES); o Geógrafo Nuno Serra, do CES; e o Técnico de Serviço Social José António Pinto, da Junta de Freguesia de Campanhã. Os palestrantes com um vasto conhecimento sobre a temática, apresentaram as suas perspetivas e partilharam o seu conhecimento com todos os presentes.
O tema da pobreza foi abordado pelos palestrantes como um fenómeno multicomplexo, que não deve ser visto de forma crítica mas como uma violação dos direitos humanos. Os oradores apresentaram diferentes tipos de intervenção social, valorizando as intervenções colaborativas que visem a emancipação das pessoas em situação de pobreza e não as soluções transitórias, que resolvem as situações num curto espaço de tempo. Debateram-se assuntos como a dignidade, a injustiça da sociedade e foi feita uma apreciação às medidas de austeridade, referindo a importância da intervenção política e a da sociedade no combate à pobreza. Concluiu-se que este é um assunto que deve mobilizar a sociedade e que devem ser alocados recursos para minimizar a problemática da pobreza, rematando que a dignidade humana é um bem coletivo, não individual.
O debate teve lugar no final das apresentações, contando com a intervenção e questões do público dirigidas aos palestrantes. Laborinho Lúcio, marcou os momentos das apresentações, bem como o debate, com comentários extremamente oportunos, do qual ficou a ideia chave de que “não somos responsáveis pela pobreza de ontem, mas somos corresponsáveis pela pobreza de hoje”.
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