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15 de abril – 2º domingo da páscoa

Jesus de Nazaré

Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes serão retidos». Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa, e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!» Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome. ( João)

 

            O pitoresco desta narrativa – que lemos todos os anos neste domingo – leva-nos a concentrar a nossa atenção na dúvida de Tomé. Mas o centro do ensinamento de João não é a dúvida, mas sim a profissão de fé do mesmo Tomé, talvez a maior profissão de fé feita em toda a Bíblia: “Meu Senhor e Meu Deus”.

            Aliás, quase poderíamos dizer que é com esta profissão de fé que encerra a própria Bíblia, até do ponto de vista redacional: desde logo, o evangelho de S. João é seguramente um dos últimos escritos da Bíblia a ser composto e termina aqui, com a “conclusão” que lemos (nas duas últimas frases). Bom, não é bem verdade, porque tem ainda mais um capítulo sobre a aparição do Ressuscitado à beira do Lago de Tiberíades, onde confia os seus cordeiros/ovelhas a Pedro, com uma nova “conclusão”. Mas, em rigor, este último capítulo não é sequencial, mas antes paralelo, justaposto, ou uma espécie de apêndice. Por isso se mantêm as duas “conclusões” e esta “conclusão” que lemos hoje é até mais clara do que a outra sobre a intenção de todo o evangelho de João (“foi escrito para crerdes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus”).

            A confissão de fé expressa nas palavras “meu Senhor e meu Deus”, referidas a Jesus de Nazaré, é de algum modo o desembocar de toda a história da relação de Deus com os homens desde Adão até hoje. Tomé está aí, hoje ainda, à nossa frente, a desafiar-nos para assumirmos a fé em toda a sua radicalidade. E assumir a fé em toda a sua radicalidade é confessar Jesus de Nazaré como o meu Senhor e o meu Deus. Não apenas que é Senhor e que é Deus, o que já não seria pouco; mas que é o meu Senhor, o meu Deus. Se é o meu Senhor, exclui da minha vida outros senhores; se é o meu Deus, exclui da minha vida outros deuses. A radicalidade (isto é, a raiz que verdadeiramente alimenta e sustenta a fé) está nisto: é Jesus de Nazaré e só Jesus de Nazaré o referencial do meu viver. Tudo o mais, pessoas, coisas ou ideias, é medido exclusivamente por Ele.

            Queres saber como é Deus? Olha para Jesus de Nazaré. Queres saber como agir diante dos homens? Pergunta a Jesus de Nazaré. Queres saber com que critérios de vida podes ser fiel a Deus? Age como Jesus de Nazaré. Não ponhas nunca nenhuma resposta à frente de Jesus de Nazaré, porque só Ele é o teu Senhor e o Teu Deus. Mesmo ao Pai e ao Espírito Santo só Os conhecerás por Jesus de Nazaré.

            Jesus de Nazaré! Feliz de quem se faz Seu servo, porque Ele é o Senhor da vida! Feliz que quem n’Ele se esvazia, porque Ele é o Deus do amor.

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