COVID-19: A resposta da Cáritas – Cáritas Portuguesa
A Cáritas Portuguesa apresentou um comunicado onde refere a resposta dada pela Rede Nacional Cáritas na sequência do combate à propagação da pandemia COVID-19. A informação faz também referência à resposta dada pela Cáritas no panorama internacional. O comunicado está acessível no site da Cáritas Portuguesa, em: https://caritas.pt/covid-19-a-resposta-da-caritas/.
A Cáritas Diocesana de Coimbra deixa aqui a informação partilhada pela Cáritas Portuguesa:
Pandemia COVID-19
SITUAÇÃO ATUAL EM PORTUGAL
Em Portugal, desde do dia 17 de março, que foi decretado Estado de Emergência para combater a propagação da pandemia COVID-19. Ficam, assim, suspensos alguns direitos, com a exclusiva finalidade de adotar as medidas necessárias para a proteção da saúde pública, neste contexto. Trata-se de um regime excecional, previsto na Constituição.
A RESPOSTA DA REDE NACIONAL CÁRITAS
Face à gravidade da situação de propagação do COVID-19, a Cáritas definiu, imediatamente, os seus Planos de Contingência.Todos os colaboradores receberam indicações para cumprir todas as medidas de autoproteção e medidas de seguranças para garantir uma resposta adequada às novas circunstâncias.
De norte a sul do país a Cáritas está a assegurar a resposta a todos os que, em emergência necessitam da sua ajuda. Desde a passada sexta-feira que as Cáritas Diocesanas ativaram os seus Planos de Contingência adaptando as suas respostas e o trabalho que realizam em diferentes valências e circunstâncias impostas pela propagação do novo Coronavirus – COVID19.
Em todo o país a entrega de alimentos está a ser assegurada por técnicos ou voluntários que garantem que as famílias em situação de fragilidade financeira ou que habitualmente recebiam este apoio, continuam a ter acesso aos alimentos, nomeadamente através da entrega de cabazes e através do apoio domiciliário. Este trabalho está, na maioria dos casos está a ser feito, em articulação local com as Câmaras Municipais e com as Juntas de Freguesia, muitas destas, também, a desenvolver planos de ajuda às famílias com menos recursos ou a idosos em situação de isolamento.
Outras situações estão a ser acauteladas, nomeadamente, as Cáritas Diocesanas que têm respostas de apoio a situações de violência doméstica mantêm-se em funcionamento, com atendimento telefónico permanente e o mesmo está a acontecer para as situações de mães adolescentes e crianças que estão em regime de “internamento”. Também as valências de apoio a pessoas sem alojamento alargaram os seus horários de atendimento de modo a que todos os que estejam nestas circunstâncias possam ter onde se recolher, com higiene, alimentação e roupa limpa.
A Cáritas, em todo o país, através da rede nacional de Cáritas Diocesanas, está desta forma a procurar manter todos os serviços essenciais assegurados e está disponível para responder a emergências onde a sua intervenção seja necessária.
A Cáritas assume estas diferentes respostas como um serviço à comunidade e aqueles que precisam da sua ação. Estão, em todas as situações, a ser garantidas todas as condições de higiene impostas à atual circunstância que garantem que não há riscos de contágio nem para quem trabalha nem para quem recebe.
A RESPOSTA DA CÁRITAS NO MUNDO
O que a Cáritas está a fazer a nível internacional?
Cada Cáritas trabalha com a população do seu território desde o início da crise. Para que haja uma partilha de informação sobre o trabalho que cada Cáritas, em cada país está a realizar, a Caritas Internationalis abrir uma plataforma, interna, para que motivar a partilha de informação e de boas práticas.
Nesse mesmo espaço, a equipa de emergência da Caritas Internationalis compartilha guias e orientações que podem ser úteis para outras Caritas em contextos de epidemias de saúde pública. Vários espaços e programas já estão a ser divulgados através de diferentes materiais e canais para sensibilizar a população e atingir o máximo de pessoas nas comunidades.
Em todos os países onde a Cáritas está a atuar a primeira ação foi a criação de Comissões de crise nacionais. A partir daí, as ações de proteção estão a ser coordenadas e implementadas com os colaboradores e voluntários, possibilitando medidas como o teletrabalho, sempre que possível. Foram promovidas ações de formação internas para que todos os colaboradores estejam qualificados a responder corretamente para responder à emergência e, em algumas situações, criaram-se centros de atendimento telefónico onde os técnicos respondem às dúvidas dos seus beneficiários.
Dentro das suas possibilidades, forneceram-se sabão, luvas, líquido desinfetante e papel descartável, mas, um pouco por todo o mundo as Cáritas que trabalham no terreno destacam a falta de material sanitário básico, como testes ou máscaras. Mesmo assim, todos mantêm sua atividade e cuidam dos mais vulneráveis. Por exemplo, na Cáritas do Bangladesh, o trabalho nos campos de refugiados de Rohingyas não parou, mas as medidas de proteção higiénica aumentaram e as atividades estão a ser reorganizadas para evitar ao máximo a concentração de pessoas.
Para além dos países europeus a Caritas Internationalis recebeu comunicações dos seguintes países: Bangladesh, Bolívia, Bósnia-Herzeovina, Burkina-Faso, Burundi, Camboja, Chade, Egipto, Espanha, Estado Unidos da América, Filipinas, Índia, Indonésia, Itália, Iraque, Jerusalém, Jordânia, Libéria, Líbano, Mali, México, Nigéria, , Roménia, Ruanda, Republica Democrática do Congo, Sérvia, Síria, Serra Leoa, Tanzânia, , Ucrânia, Venezuela, Zimbabwe.