Velho pode ser bom? A crónica do 5º país
“Temos discutido timidamente o envelhecimento. O que não discutimos é a estratégia concertada de médio e longo prazo para transfigurar o país de acordo com esta nova realidade, explorando as suas oportunidades.”
No estudo da Euromonitor International, a referência a populações mais envelhecidas é elaborada com base no rádio de dependência. Este ranking vem dizer que a nossa natalidade é extraordinariamente baixa e que temos cada vez menos pessoas em idade laboral, em parte devido à emigração nos últimos anos.
As Nações Unidas preveem que em 2030 Portugal suba para o terceiro lugar enquanto país mais envelhecido do mundo, com idade média de 50,2 anos. Como consequência haverá implicações para o nosso sistema de pensões e segurança social. Assim como adicional pressão no Serviço Nacional de Saúde.
O artigo relata a falta de estratégia para transfigurar o país de acordo com esta realidade. É preciso uma estratégia de políticas públicas que garanta a sustentabilidade do setor social e da saúde, e que permita e incentive a adoção de novos modelos, que assegurem melhores cuidados aos cidadãos e às famílias – na saúde, social, comunitário, tecnológico e infraestruturas. É necessária a criação de serviços personalizados e adequados às necessidades de cada pessoa, que potenciem a prevenção e detrimento do tratamento e da medicação.
Irá ser realizada uma proposta conjunta, a dez anos, que tome medidas sérias nestas várias áreas em simultâneo e para assim podermos criar condições para que as pessoas sejam felizes, bem cuidadas e possam criar valor nas suas comunidades, mesmo num país envelhecido.
Estes temas, e muitos outros complementares ao contexto da Economia Social, estiveram em debate no “Fórum Empreendedorismo e Inovação Social”, integrado na edição de 2019 do Portugal Economia Social, que se realizou entre 10 e 11 de dezembro, no Centro de Congressos de Lisboa.