Notícias

5 de janeiro – Solenidade da Epifania do Senhor

Verdades da fé cristã

Tinha Jesus nascido em Belém da Judeia, nos dias do rei Herodes, quando chegaram a Jerusalém uns Magos vindos do Oriente. «Onde está – perguntaram eles – o rei dos judeus que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-l’O». Ao ouvir tal notícia, o rei Herodes ficou perturbado e, com ele, toda a cidade de Jerusalém. Reuniu todos os príncipes dos sacerdotes e escribas do povo e perguntou-lhes onde devia nascer o Messias. Eles responderam: «Em Belém da Judeia, porque assim está escrito pelo Profeta: ‘Tu, Belém, terra de Judá, não és de modo nenhum a menor entre as principais cidades de Judá, pois de ti sairá um chefe, que será o Pastor de Israel, meu povo’». Então Herodes mandou chamar secretamente os Magos e pediu-lhes informações precisas sobre o tempo em que lhes tinha aparecido a estrela. Depois enviou-os a Belém e disse-lhes: «Ide informar-vos cuidadosamente acerca do Menino; e, quando O encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-l’O». Ouvido o rei, puseram-se a caminho. E eis que a estrela que tinham visto no Oriente seguia à sua frente e parou sobre o lugar onde estava o Menino. Ao ver a estrela, sentiram grande alegria. Entraram na casa, viram o Menino com Maria, sua Mãe, e, prostrando-se diante d’Ele, adoraram-n’O. Depois, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes: ouro, incenso e mirra. E, avisados em sonhos para não voltarem à presença de Herodes, regressaram à sua terra por outro caminho. (Mateus).

Mateus criou, ou trabalhou, uma história muito sugestiva sobre a visita de uns magos do Oriente ao Menino Jesus. Com esta história Mateus pretende afirmar, logo no momento do nascimento de Jesus, algumas verdades fundamentais para a fé, das quais sublinhamos estas:

1ª – O menino que nasceu é já, em absoluto, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Para fazer esta afirmação, Mateus refere que os magos lhe ofereceram dádivas próprias dos deuses (incenso) e próprias dos mortais (mirra).

2ª – Existe uma unidade indissolúvel entre o mistério da Incarnação de Jesus e o mistério da Redenção da humanidade pela morte e ressurreição de Jesus. Essa unidade é expressa pela oferta da mirra, que servia para embalsamar os corpos dos defuntos e com que Jesus morto também foi ungido.

3ª – Jesus é o verdadeiro Messias esperado, o libertador enviado por Deus e tão ansiosamente esperado pelo povo. Ele cumpre as profecias segundo as quais nos tempos messiânicos subiriam a Jerusalém, vindos de outros povos, reis e sábios que trariam como ofertas ouro e incenso. Toda a narração sobre a estrela é também um rebuscado processo literário de reafirmação dessa verdade: Jesus é o Messias.

4ª – A ação salvadora (ou messiânica) de Jesus é muito maior do que as expetativas dos judeus. Jesus é salvador para todas as pessoas e todos os povos da terra e não só para os judeus. Ele é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem também para todos os povos do mundo. Qualquer homem ou mulher está assumido(a) nele e por ele é apresentado(a) ao Pai; e a vinda de Jesus é em favor de todos(as) e cada um(a) dos homens e mulheres em todos os lugares e tempos da história.

5ª – Jesus é rei. É uma afirmação significada pela oferta do ouro. O seu reino não é deste mundo. Mas veio a este mundo para ser rei, de facto, dando toda a sua vida em favor de um reino que ele chamou “Reino dos Céus”. O caminho da salvação, para nós, homens e mulheres, consiste em reconhecê-lo como Rei das nossas vidas pessoais e coletivas.

6ª – Os poderes religioso e político instituídos na Judeia, apesar de terem todos os sinais (profecias) para reconhecerem Jesus como o Messias, conluiaram-se para o recusar e perseguir, tomados de pânico perante a novidade do reinado pretendido por Jesus.

7ª – A Igreja (Mateus é o evangelista da Igreja) aparece significada como a estrela que orienta os povos para Jesus. Quando ela se ofusca, os homens e os povos perdem-se e procuram a salvação nos lugares errados; quando ela brilha, os povos reencontram o caminho que os leva a Deus.
8ª – O encontro com Jesus é causa de conversão, de mudança dos caminhos da vida.

Partilhar:

Deixe uma resposta

Cáritas

A Cáritas Portuguesa é um serviço da Conferência Episcopal Portuguesa. É membro da Cáritas Internationalis, da Cáritas Europa, da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, da Confederação Portuguesa do Voluntariado, da Plataforma Portuguesa das ONGD e do Fórum Não Governamental para a Inclusão Social.

Cáritas em Portugal

Contactos

Rua D. Francisco de Almeida, n 14
3030-382 Coimbra, Portugal

239 792 430 (Sede) – Chamada para rede fixa nacional

966 825 595 (Sede) – Chamada para rede móvel nacional

239 792 440 (Clínica) – Chamada para rede fixa nacional

 caritas@caritascoimbra.pt

NIF: 501 082 174

Feed

 

Comunicação Institucional