De delegação da Cáritas Portuguesa a serviço da Diocese de Coimbra
Em Coimbra, a Cáritas começou por ser uma delegação informal da Cáritas Portuguesa, ligada ao acolhimento de crianças austríacas, refugiadas das convulsões políticas e militares europeias, na transição da década de 40 para a década de 50.
Depois, até ao final dos anos 60, e ainda como delegação da Cáritas Portuguesa, tem como actividade principal a distribuição de géneros. Quer o trabalho efectivo, quer o esforço de consolidação da Cáritas na Diocese, ficam a dever-se em muito a uma equipa presidida por D. Maria Augusta Campos Neves, a que se juntou durante algum tempo o entusiasmo pastoral de D. Manuel Jesus Pereira, Bispo Auxiliar de Coimbra (depois, Bispo de Bragança e Miranda), com uma intensa acção de sensibilização da Diocese para a importância da Cáritas, nomeadamente nos contactos com o clero e nas Visitas Pastorais.
Dá uma nota particular do reconhecimento da Diocese de Coimbra a D. Maria Augusta o facto de que, a pedido do seu Bispo diocesano, em 1967, Sua Santidade Paulo VI a tenha agraciado com a Comenda Pro Ecclesia et Pontifice.
Importa relevar igualmente, para além do trabalho das Direcções (presididas posteriormente por D. Maria Emília Tello de Morais e D. Maria Teresa Barata do Amaral), o zelo pastoral do primeiro Assistente da Comissão Diocesana da Cáritas, o Rev.mo Pe Amílcar Pedro Aleixo, que desempenhou esta missão de 1960 a 1967, numa altura em que se pedia ao assistente eclesiástico uma grande capacidade de estabelecer diálogo e equilíbrio permanente entre os diversos e legítimos interesses suscitados pela distribuição de géneros em grande quantidade.
De 1967 a 2005, foi grande impulsionador da Cáritas Diocesana de Coimbra, primeiro como seu assistente eclesiástico e depois como Presidente da Direcção, o Rev.do Padre António Sousa, a quem se deve a multiplicação de campos de intervenção social desta Instituição, na animação pastoral das comunidades, promoção comunitária, alfabetização, saúde, acção social com crianças, jovens, idosos, mulheres em risco, migrações, etnias, etc.
Naturalmente, é devida uma palavra particular para a solicitude pastoral com que os Bispos Diocesanos sempre animaram e estimularam a Cáritas de Coimbra, sendo exemplos significativos desse interesse – falando só do passado e para além de D. Manuel Jesus Pereira – o facto de que D. Francisco Rendeiro a tenha dotado, em 1967, de um assistente eclesiástico a tempo inteiro (na sequência, aliás, de uma ideia já de D. Ernesto Sena Oliveira), que D. João Saraiva lhe tenha dado instrumentos doutrinais que a projectaram para a primeira linha da pastoral social em Portugal, ou que D. João Alves, um quarto de século à frente do governo da diocese, num tempo de profunda renovação pós-conciliar, sempre a tenha integrado na primeira linha dos serviços pastorais diocesanos.
Também D. Albino Mamede Cleto, que sucedeu a D. João Alves, sempre acompanhou com interesse e carinho pastoral a Cáritas diocesana, cuja Direção renovou por duas vezes. E múltiplos são já também os sinais de interesse e estímulo do atual Bispo de Coimbra, D. Virgílio do Nascimento Antunes.
De Janeiro de 2006 a Dezembro de 2008, a Cáritas Diocesana de Coimbra foi presidida pelo Rev.do P.e Aníbal Castelhano.
A Direção atual é presidida desde Janeiro de 2009 pelo Pe Dr. Luís Miguel Baptista Costa.
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