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18 de dezembro – 4º domingo do advento

A Deus nada é impossível. Ámen.

Àquele que tem o poder de vos confirmar, segundo o meu Evangelho e a pregação de Jesus Cristo – a revelação do mistério encoberto desde os tempos eternos mas agora manifestado e dado a conhecer a todos os povos pelas escrituras dos Profetas segundo a ordem do Deus eterno, para que eles obedeçam à fé – a Deus, o único sábio, por Jesus Cristo, seja dada glória pelos séculos dos séculos. Amen. (Romanos )

Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José, que era descendente de David. O nome da Virgem era Maria. Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo». Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela. Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim». Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?» O Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada é impossível». Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra». (Lucas)

 

            Vale a pena determo-nos na 2ª Leitura, porque é a doxologia com que termina a carta de S. Paulo aos cristãos que viviam em Roma. A palavra doxologia quer dizer palavras de glorificação, hino de louvor… São, portanto, fórmulas de louvor a Deus, a Maria… Normalmente são usadas na oração comunitária, sobretudo na missa e, por isso, terminam muitas vezes pela palavra “ámen”, que era a resposta dada pela assembleia. “Ámen”, como ensina Ratzinger (o Papa Bento XVI) num dos seus livros mais antigos, é uma palavra com muitos significados: “verdade, firmeza, fundamento sólido, chão, fidelidade, firmar-se, confiar-se, fincar-se em algo, crer em algo”. É tudo isso que dizemos com “Ámen”!

            A doxologia que lemos hoje provavelmente nem será de S. Paulo, mas já da comunidade de Roma, que a introduz nas suas celebrações litúrgicas ao ler a carta do apóstolo. Paulo (ou a comunidade) remata toda a Carta dando graças a Deus por ter manifestado a “todos os gentios”, através de Jesus Cristo, o Seu amor salvífico, e recordando que esse amor já tinha sido anunciado pelos profetas. Esta união entre a tradição bíblica (profetas) e a salvação universal (gentios) é muito importante, porque a Igreja de Roma estava fortemente dividida entre cristãos-judeus e cristãos-gentios.

            O Evangelho relata-nos a anunciação do Anjo Gabriel a Maria de que ela irá ser mãe do “Filho de Deus”. Nós nunca saberemos como as coisas realmente aconteceram; acreditamos que aconteceram, acreditamos que Deus entrou na História dos Homens, como homem, infinitamente débil, tendo-se desenvolvido durante o tempo normal de gestação humana no útero de Maria, até esta dar à luz naturalmente, como qualquer mãe.

            Também Lucas assim acredita. Mas é evidente, todavia, que para os seus leitores, como para nós, parece absurdamente impossível que Deus possa caber num feto de sete meses, na barriga de uma jovenzinha quase ainda adolescente, numa quase desconhecida aldeia de montanha, chamada Nazaré, no tempo em que reinou por aqueles bandas um tal Herodes… É tudo tão pequeno, tão pequenino, tão infinitamente pequenino para a grandeza de Deus!… Como é possível que Jesus seja Deus desde o momento da Sua conceção?  É a esta pergunta que Lucas responde, com muitas referências bíblicas, como jogos de “números” (por exemplo, os seis meses da gravidez de Isabel), com linhagens genealógicas, com milagres…, para concluir numa última expressão: “(é possível) porque a Deus nada é impossível”! Ao que Maria responde: “faça-se”.

            E volta-nos à mente e ao coração – a  nós também, neste Natal de 2011 – aquele Ámen que encerra toda a Glória a Deus: eu creio; mergulho nessa fé; a Deus nada é impossível. Ámen.

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