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“O bem comum não é a vitória do mais forte em detrimento do mais fraco, é o resultado de um caminho de todos os membros de uma comunidade.”

Assim fluiu a comunicação do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa na Assembleia Cáritas – Coimbra 2012, perante as várias centenas de pessoas que participaram neste dia de reflexão sobre o bem comum que precisamos.

Durante a manhã do dia 24 de Março, cerca de 200 agentes da pastoral social da Diocese e colaboradores da Cáritas reuniram-se para refletir conjuntamente sobre os novos caminhos da ação pastoral na Diocese.

Este espaço foi dinamizado pelo Pe. Luís Costa, Presidente da Cáritas Diocesana de Coimbra, que referiu 3 grandes objetivos para a estratégia de intervenção do biénio 2012-2013:

  • Dinamizar a Pastoral Social da Diocese
  • Formar e qualificar os agentes de Pastoral Social
  • Aprofundar a ministerialidade dos agentes da Pastoral Social

A partir das 15:30, o Pavilhão Centro de Portugal, em Coimbra encheu, para partilhar umas horas de conversa com o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, que falou sobre o Bem Comum que precisamos, iniciando a sua comunicação com uma abordagem de tom pessoal: “o Bem Comum para nós, católicos, é uma evidência. ”.

 

Uma das ideias centrais da tarde foi também a divisão do país entre o país velho e o país jovem.
Na última meia hora o Prof. Marcelo respondeu a várias questões do público, falando um pouco de tudo, desde desemprego, a reinserção de reclusos, de poupança à intervenção do Governo na área social.

 

Ficou também uma nota clara de que a legislação que regula a ação das IPSS, nomeadamente na construção e funcionamento das respostas sociais é claramente desadequada da nossa realidade atual. Que é necessário e urgente que o Governo atue para permitir que as IPSS possam garantir os serviços que prestam com dignidade e qualidade, mas sem exigências típicas “de países ricos”, como se referiu.

Por outro lado, o Prof. Marcelo apelou também a todos que contribuam para as várias instituições de solidariedade, que têm tão pouco para ajudar os tantos que precisam.
A Assembleia Diocesana terminou com um momento musical, protagonizado por Tiago Nunes, ao piano e Carla Bernardino, cantora lírica, ao qual se seguiu um porto de honra para todos os participantes.

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“O bem comum não é a vitória do mais forte em detrimento do mais fraco, é o resultado de um caminho de todos os membros de uma comunidade.”
Assim fluiu a comunicação do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa na Assembleia Cáritas – Coimbra 2012, perante as várias centenas de pessoas que participaram neste dia de reflexão sobre o bem comum que precisamos.

Durante a manhã do dia 24 de Março, cerca de 200 agentes da pastoral social da Diocese e colaboradores da Cáritas reuniram-se para refletir conjuntamente sobre os novos caminhos da ação pastoral na Diocese,
Este espaço foi dinamizado pelo Pe. Luís Costa, Presidente da Cáritas Diocesana de Coimbra, que referiu 3 grandes objetivos para a estratégia de intervenção do biénio 2012-2013:
Dinamizar a Pastoral Social da Diocese
Formar e qualificar os agentes de Pastoral Social
Aprofundar a ministerialidade dos agentes da Pastoral Social

No primeiro objetivo, referiu-se que a pastoral social é uma responsabilidade “irrenunciável” das comunidades cristãs. A Caritas tem o mandato de animar a ação caritativa da Diocese, mas é a comunidade cristã o verdadeiro agente de transformação do mundo em Reino de Deus.
“O povo de Deus está chamado a transformar o mundo em Reino de Deus, temos essa missão, estando o Reino de Deus a precisar de ser atualizado. “
Assim, na transformação do mundo, o Pe. Luís Costa refere 4 dimensões essenciais: assistência (dar comida a quem precisa); promoção (promover as pessoas, ultrapassando os limites do assistencialismo); desenvolvimento (fazer crescer); transformação das estruturas (eliminar e não participar em estruturas de pecado; criar algo que não exista ainda neste momento, atualizando o mandato da Igreja).
Ser agente da pastoral social é um serviço à Igreja, é necessário que se esteja disponível tanto para ser chamado, como para ser dispensado deste serviço. A ação da pastoral concretiza-se através de estruturas e serviços visíveis e credíveis, pelo que é preciso dialogar com o mundo e cooperar com as organizações da sociedade, para o concretizar.
Nesta sequência e no sentido de preparar os agentes da pastoral para responder às necessidades emergentes das comunidades no contexto atual, o Pe. Luís Costa procedeu à apresentação oficial do Curso de Agentes da Pastoral Social, que a Cáritas Coimbra irá realizar entre Setembro de 2012 e Junho de 2013.
Referiu a necessidade desta ação para formar os agentes da ação social segundo os critérios de Jesus de Nazaré, porque há um “modelo” para pôr em prática na pastoral social: o da vida e prática de Jesus Cristo.
Para além disso, considera essencial aumentar a qualidade do que se faz, agindo com eficácia e com eficiência. Fazer o bem para se ser credíveis, fazer para além do que é esperado com qualificação e competência. Terminou referindo que “aquele que é agente deve ser artífice, ser instrumento do único Artífice, ser agente com consciência de que todos somos instrumentos do Divino. Devemos acreditar que somos capazes de mudar o mundo e ter sensibilidade para promover o outro”.

A partir das 15:30, o Pavilhão Centro de Portugal, em Coimbra encheu, para partilhar umas horas de conversa com o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, que falou sobre o Bem Comum que precisamos, iniciando a sua comunicação com uma abordagem de tom pessoal: “o Bem Comum para nós, católicos, é uma evidência. ”.
Depois de um início mais centrado no universo da Fé – “A nossa fé não é uma fé descoberta às escuras, Deus comunicou-nos o essencial da sua mensagem”, – o Prof. Marcelo enquadrou a temática do Bem Comum na atualidade, remetendo para assuntos que se mantém permanentemente na agenda do dia: crise, desemprego, globalização.
Referindo o ritmo acelerado da vida atual, focou a falta de tempo como uma das principais dificuldades para nos focarmos na efetivação do bem comum. Este tempo, dificilmente gerido entre a vida profissional e pessoal, nomeadamente no feminino, faz com que muitas vezes nos centremos no individual, perdendo de vista o bem comunitário. Tem sido também um fator de isolamento dos mais idosos, muito empobrecidos e geograficamente afastados das suas famílias.
A globalização e um universo económico e financeiro cada vez mais alterado afastam as decisões das repercussões, tornando consequências muito gravosas, como despedimentos e encerramento de empresas pouco evidentes para quem as decide.
“…Depois há aqueles que acreditam num bem comum e sabem que o bem comum está acima de cada pessoa, de cada indivíduo, de cada grupo, de cada cooperação, de cada grupo de empresas, de cada classe. É um bem comunitário, é um interesse geral, é um interesse coletivo e para nós ou para qualquer pessoa bem formada, (não é preciso ser-se católico ou muçulmano, ou judeu) o bem comum é no fundo o respeito pela dignidade da pessoa humana projetado na vida da comunidade. O bem comum não se separa do interesse geral dos valores que devem ser garantidos na vida do dia-a-dia duma comunidade.
O bem comum não é apenas o resultado do choque do interesse de uns com os interesses de outros, não é a vitória do mais forte em detrimento do mais fraco, é o resultado de um caminho de todos os membros de uma comunidade que pode ser uma família, pode ser uma freguesia, um município, uma escola, um país à luz de determinados valores e valores que podem ser comuns. São os valores assentes na dignidade da pessoa humana…”

Uma das ideias centrais da tarde foi a divisão do país entre o país velho e o país jovem.
O País velho é o dos mais idosos, um país que fechou possibilidades, ou porque as pessoas já atingiram a idade da reforma ou porque já não têm idade para retomar novo emprego. É o país dos que sabem as novidades através da televisão, porque não têm internet e os hábitos de leitura são raros.
O país jovem é um país acelerado, com pressa de viver, com permanente acesso à internet; logo, com acesso a tudo. É um país no qual a informação circula rapidamente e está sempre acessível e que, por isso, nada tem a ver com o país velho.
Cabe àqueles que estão entre os 30 e os 40 anos a obrigação de não deixar descolar os dois países, manter entre eles uma ligação que é desejável e necessária.
O que cada um pode fazer é ter esperança, uma virtude assumidamente cristã. A esperança tem de ser alimentada com atos, com gestos no dia-a-dia. A esperança está ligada à fé, pois sabemos que Deus nunca exige de nós mais do aquilo que nós podemos dar.
Às instituições, nomeadamente às IPSS, muito vai ser exigido: tempo, dinheiro, esforço. É necessário priorizar as situações mais urgentes, mas é dramático escolher.

Na última meia hora o Prof. Marcelo respondeu a várias questões do público, falando um pouco de tudo, desde desemprego, a reinserção de reclusos, de poupança à intervenção do Governo na área social.
Ficou também uma nota clara de que a legislação que regula a ação das IPSS, nomeadamente na construção e funcionamento das respostas sociais é claramente desadequada da nossa realidade atual. Que é necessário e urgente que o Governo atue para permitir que as IPSS possam garantir os serviços que prestam com dignidade e qualidade, mas sem exigências típicas “de países ricos”, como se referiu.
Por outro lado, o Prof. Marcelo apelou também a todos que contribuam para as várias instituições de solidariedade, que têm tão pouco para ajudar os tantos que precisam.
A Assembleia Diocesana terminou com um momento musical, protagonizado por Tiago Nunes, ao piano e Carla Bernardino, cantora lírica, ao qual se seguiu um porto de honra para todos os participantes.

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